sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O espetáculo

Compartilhando sonhos.
Numa mistura de O Palhaço, Capitu com as escolas ao som de Beirut, Orquestra Voadora e Banda Marcial Marista,  meu sonho dessa noite foi uma delícia. Por isso, resolvi compartilha-lo na integra correndo o perigo de não fazer o menor sentido, mas irie copiá-lo como está no caderno dos sonhos.

31.01.14.
O local parecia como um pequeno casarão, com uma grande sala no centro de um espaço em formato da letra U e com dois andares.
O espetáculo era simples e sincero, todos os artistas que eram também plateia estavam espalhados pelos corredores, nos andares para observar o número do centro.
Os músicos maquiados como num circo eram brincalhões e estavam em todo lugar; uma tuba ali, uma sanfona aqui, a precursão era tudo aquilo que fazia som. Trompetes e trombones, flautas e até mesmo um belíssimo piado de cauda no segundo andar próximo a escadaria.
Do alto do teto dois amantes em um único tecido faziam piruetas e encantavam ao público. Corpos perfeitos e maquiagem brilhante.
O número do centro é das crianças douradas orquestradas pelos maestros Chico (de espanhol) e Leo (do circo) que com suas batutas e apitos harmonizavam a dança. De todos os lugares, crianças planam com roupas douradas que refletem luz para todo o pequeno espaço. Parecem pequenos budas a levitar.
Meu número é o próximo, coloco minha cartola, arrumo minha gravata e meu chicote e vou ao centro apresentar o Simba, um filhote de leão feroz para a plateia mas dócil como um gato. Minha performance está entre o perigo (falso) e o riso. Minha ajudante é a bela e ruiva Thyane. Simba está sentado ameaçadoramente, então ordeno que ele solte um rugido que espantasse as multidões do mundo, ele lambe meu rosto e todos riem. Nova tentativa, rufam os tambores, dou a ordem, estalo o chicote no ar e ele se deita com a barriga para cima pedindo carinho, novas risadas da plateia. É então que ele se senta, olhando para Thyane e para mim diretamente, percebe meu comando e antes mesmo do fim das risadas solta um belo rugido. Do público saem gritos assustados, mas em seguidas as palmas para Simba o filhote feroz.
Próximo número, as dançarinas exóticas com fogo e espadas. As belas meninas passam por mim e entram no palco com suas velas e incensos acesos, o tom da banda muda para algo mais intenso, de suspense, a luz escure e então uma das meninas cospe fogo na multidão, susto e aplausos.
Olho para tudo, feliz com o resultado. Olho no próximo andar e vejo Jônio e Nagui se preparando para o número de contorcionismo, dessa vez ela vai dentro da caixa como uma boneca de pano.
Vejo a Lara dançando, linda no palco, com suas laminas, velas e veus. Continuo a olhar ao centro e vejo meus bons amigos Lu e Digão entrelaçados nos tecidos que caem do teto. Ao fundo estão a Biboca, o Fabio e a Dê fotografando e filmando tudo. A Banda é claro, todos os músicos são os da banda de Brasília do Marista com a adição de uns camaradas listrados nos instrumentos de cordas.
Olho para tudo e fico feliz com nosso espetáculo.